Você sabia que a maioria das locações é feita com um seguro incêndio? É uma garantia tanto para o proprietário como para o inquilino de que, se algo acontecer no imóvel, estará protegido. Evita-se maiores problemas na hora da decisão de quem deve ser ressarcido e em qual valor, etc.
Mas muitos se perguntam o que é o seguro incêndio e o que ele contempla. É semelhante a outros seguros, como o de carro, saúde e pode cobrir diversos tipos de ocorrências. O diretor-administrativo da Imobiliária Razão, João Felipe Motter Gottschild, explica que “o seguro contra incêndio é um encargo de extrema importância nos contratos e muito benéfico ao inquilino, se comparado aos valores pagos pelos prêmios que geralmente são baixos. E também ao fato de a indenização ao proprietário, em caso de sinistro, ser realizada pela seguradora e não por ele”.
Ao seguro contra incêndio pode-se estender a apólice incluindo coberturas para temporais, vendavais, alguns tipos de reparos, responsabilidade civil e até mesmo indenização por um tempo de aluguel, assim como assistência 24 horas. Há diversas opções para as imobiliárias e inquilinos, dependendo de cada necessidade e da seguradora. Como por exemplo, é possível citar um comércio que trabalhe com algum produto explosivo, ou alguma residência que esteja mais propensa a raios, etc.
Valores
Em relação aos valores, Gottschild, que também é vice-presidente da Rede Imóveis, avalia que um seguro varia muito em cada locação, em relação à finalidade de locação e outras variáveis do imóvel, além das cláusulas que o contratante desejar incluir.
Diego Parede, auxiliar administrativo da Baggio Imóveis, atua diretamente na área dos contratos de locação, afirma que seguro incêndio é para não ser preciso usar. “Sempre esperamos o melhor, mas precisamos estar preparados para o pior também”. Segundo Parede, 60% dos seguros incêndios contratados na imobiliária são residenciais e a maioria está no valor entre 16 e 20 reais por mês.
Parede ressalta ainda que é bem importante que as imobiliárias expliquem bem aos locatários. Deixar bem claro aos locatários o que é, para que serve, da segurança que gera na locação, e também avaliar em cada caso o que pode ser melhorado, incluindo ou tirando cláusulas.
Casos mais recorrentes
De acordo com Gottschild, a sinistralidade mais frequente é em casos de temporais, chuvas fortes e principalmente quando há granizo, por questões de destelhamento e danos pontuais. “O seguro contra incêndio ocorre em situações mais esporádicas. Porém, quando acontecem, trazem um prejuízo muito maior, tendo em vista que pode haver necessidade de repor o valor integral do patrimônio. Diversas situações de fogo ocorrem por curto circuito, inclusive por danos na parte elétrica”, alerta.
“Ainda há situações que não estão previstas na apólice, como por exemplo, quando há a contratação somente para a parte predial e a cobertura não contemplaria o conteúdo, como bens, estoque, matéria-prima e equipamentos. Neste caso, a cobertura é restrita ao imóvel. E também em casos onde há dolo no sinistro. Por isso, é muito importante que o inquilino esteja ciente das coberturas contratadas.”, finaliza Gottschild.