Não é novidade que a pandemia do coronavírus mudou muito na vida das pessoas: no morar, no lazer, no trabalho, nas relações sociais, enfim, nada voltará a ser como antes e muitas transformações vieram para ficar e são muito positivas.
Uma característica importante observada no mercado imobiliário é que durante a pandemia e o isolamento social muitas famílias repensaram a moradia, que deixou de ser apenas uma casa ou apartamento e passou a ser um lar, onde as pessoas passam a maior parte do dia, trabalhando, estudando e interagindo, de acordo com a corretora Milena Pienaro, da Kondor Imóveis, imobiliária associada à Rede Imóveis.
“Antes, a rotina das famílias possibilitava que apenas fossem apenas para casa à noite para dormir, mas durante estes dois anos essa realidade mudou completamente. Nos condomínios fechados, mesmo com áreas sociais fechadas, foi possível andar de bicicleta, fazer caminhadas, brincar ao ar livre e ter mais espaços para enfrentar este período”, explica Milena.
Segundo a corretora, as casas ou sobrados mais procurados foram os que possuíam terreno e também um ático para que pudesse ser montado um home office. Quem mais procurou esses imóveis foram famílias com filhos e casais que permanecerão trabalhando em casa. “As regiões de Curitiba que mais são encontrados esse tipo de imóvel são os bairros Campo Comprido, Santa Felicidade, São Brás, ou seja, regiões que têm esse perfil construtivo.
Com essas mudanças e constatações da pandemia, de acordo com Milena, a oferta desses tipos de imóveis – casa/sobrado em condomínio – estão sendo insuficientes para a demanda criada. “O mercado está recessivo, o que freou novos lançamentos no segmento, fazendo com que as mercadorias disponíveis fossem imóveis usados. Com o aumento desses consumidores, muitas construtoras retomaram as construções, mas isso ainda vai demandar um tempo”, finaliza a corretora.